segunda-feira, 26 de abril de 2010

[STBSEB:4073] 18 - 24 DE ABRIL DE 2010 - AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR

 
Saí de Milão e fui para Portugal.
 
Quase 2500 quilômetros.
 
Uma hora de fuso-horário diferente. Agora são 4 horas de diferença do Brasil.
 
Ao chegar no Porto eu escutei PORTUGUÊS, eu li PORTUGUÊS, eu me senti em casa.
 
Com licença:
 
ALELUIA! GLÓRIA A DEUS!
 
Não me pegaram na alfândega. Eu também não tinha nada a declarar. Só roupas sujas. Aliás, se o Pastor Fernando não me ajudasse colocando as roupas na sua máquina de lavar eu estaria em maus lençóis (se bem que não trouxe lençóis na viagem).
 
Ao sair pela porta dos que desembarcam um homem muito bem trajado e simpático olhou para mim e apontou, dizendo: PASTOR WAGNER? E eu sorri, respondendo: IRMÃO ALBERTO CARNEIRO!
 
Ah, como aquele abraço me foi medicinal! Foi como se eu estivesse no Brasil de novo. Ou talvez melhor: como se eu estivesse na matriz do meu país, na fonte de onde tudo começou! Como eu amo Portugal!
 
Olhei ao redor, tudo em português! E a educação e o cuidado? São inigualáveis.
 
Bem, eu estava muito cansado. Mas havia ainda muito chão pela frente. Aliás, 200 quilômetros de chão!
 
O irmão Alberto levou-me até a sua casa, onde aguardamos o restante da família. Alberto é o líder da Igreja Baptista em Alcobaça, que fica diametralmente oposta ao Porto: ela está bem próxima de Lisboa, e o Porto fica a 200 quilômetros. Ele mora no Porto e na prática pastoreia Alcobaça. Imaginem fazer essa viagem semanalmente e não apenas uma vez! Isso se chama AMOR À OBRA.
 
Aos poucos todos nos reunimos: Alberto, Anabela, a esposa, a filha Mariana e o filho Simão Pedro. Todos colocaram suas malas no carro e rumamos para Alcobaça pela belíssima autoestrada portuguesa.
 
Mas a barriga sentia fome. Já era de noite e ele decidiu parar para que jantássemos. Fomos até a MEALHADA, onde comemos um LEITÃO Á BAIRRADA, uma pequena maravilha, absolutamente maravilhoso!
 
Dali rumamos para Alcobaça.
 
Chegando na igreja encontramos no prédio anexo a irmã Missionária Filomena trabalhando junto com seu marido Missionário Arlindo, e outros irmãos. Estavam a preparar as bandeiras e faixas que seriam usadas na peça teatral do domingo.
 
Eu sei que fui hospedado na casa onde Filomena e Arlindo residem. Eu fiquei tremendamente agradecido! E logo cedo eu teria que pregar. Estava literalmente cansado.
 
Mas o Senhor estava conosco. Viajar 3 mil quilômetros entre céu e terra num só dia e no outro pregar durante todo o dia não é muito simples.
 
the day after
No dia seguinte estávamos de pé logo cedo. Eu estava com o corpo de pé e a mente deitada.
 
Seguimos de "carrinha" (van) para a câmara municipal de Alcobaça.
 
Alcobaça é uma aldeia (talvez correspondente àquelas cidadezinhas do interior do Brasil), mas como o país é pequeno, essas aldeias estão todas muito juntas. Acaba uma começa outra. E essa existe num sítio (lugar) onde dois rios atravessam e se juntam antes de sair da aldeia: o Rio ALCOA e o Rio BAÇA. Como se juntam ficou ALCOBAÇA.
 
Lá no auditório da câmara o povo foi chegando. Um auditório/anfiteatro de excelente conservação, moderno e bem equipado.
 
Fui apresentado e já recebi a palavra.
 
Minha tarefa era falar sobre AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR, de Gary Chapman. Mal sabia eu que o Pastor Moisés Costa, que estava presente, fora colega de Gary na universidade! Que surpresa agradável! Ele verá se consegue colocar-me em contato com ele.
 
Falei até o meio dia e meia. Estava literalmente exausto. E o meu coração começou a sentir taquicardias fortes. Eu perdi as forças nas pernas. Eu não falei nada, mas meu rosto com os olhos fundos (tipo buraco de caveira) denunciavam. E os meus anfitriões ficaram preocupados.
 
Fomos almoçar. Serviram-nos BURREGO, que é ovelha nova. Comemos COSTELAS DE BURREGO. De sobremesa eu pedi um convental, acho que é isso, pois tem um conventozinho meio velho (1200 anos ali...), mas o doce não era tão velho, fora feito na hora. Tinha também BABA DE CAMELO. (Alguém gostaria de saber como surgiu o doce BABA DE CAMELO? Não? Por que? Porque o que eu iria contar seria meio que previsível?)
 
Dali fui como que arrastado (por mim mesmo) para o auditório. Deus é bom. Assim que tomei a palavra (e estava disposto a falar meia hora e terminar), senti as minhas forças voltarem e fui até 4 e meia. Aleluia! Dei meu testemunho (E AINDA ESTOU AQUI) e falei sobre I CORÍNTIOS 13, complemento das linguagens desenvolvidas pelo Dr. Gary
 
Quando terminei eu realmente arriei. Sentei e só queria descansar. A Filomena levou-me para a sua casa e eu dormi. Levantei um pouco à noite, conversei com o casal que me contou sua vida missionária na África do Sul, em Moçambique, no Rio de Janeiro, suas aventuras, lutas, sabores e dissabores e o momento atual. Foi altamente enriquecedor para o meu coração.
 
Só que as forças estavam esgotadas e eu fui deitar de novo. Dormi até 11 horas, mas isso é assunto pro último e-mail, que eu já escrevi, mas que vou enviar agora (agora eu também estou cansado e com um pouco de febre).
 
Wagner Antonio de Araújo

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