quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

[STBSEB:5402] QUE TAL TRABALHAR NUMA LOJA DE DISCOS?

QUE TAL TRABALHAR NUMA LOJA DE DISCOS?

Entre as minhas imagens prediletas de felicidade está um diálogo registrado numa reportagem televisiva, veiculada há algumas décadas:
Numa loja de música, a repórter entrevista o rapaz encarregado de ouvir e classificar os discos, para orientar os consumidores. Ele fazia aquilo todos os dias. A jornalista lhe pergunta sobre o que fazia quando chegava em casa e nos finais-de-semana. Ele respondeu:
-- Eu ouço discos.
Passamos a maior parte de nossa vida em função do trabalho. Por isto é triste que, para muitos, sua ocupação profissional não tenha nada a ver com a sua vida; é apenas uma forma de ganhar o dinheiro de que precisa. Poucos podem ouvir discos no trabalho e em casa, como se fosse a mesma coisa: prazer.
De fato, há trabalhos que não têm nada a ver conosco. E só há uma solução: buscar responsavelmente outra coisa (melhor) para fazer.
Pode ser que o problema não seja o trabalho, mas um sentimento crônico de inadequação. Não é o caso de mudar de trabalho, mas de fazer com que o trabalho não nos drene a alegria da vida.
Eis a tarefa enquanto aguardamos que a loja de discos nos contrate.

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