REPUBLICAÇÃO DA SÉRIE"CRÔNICAS DE DEZEMBRO", 2001
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Como sempre acontece, mais uma passagem de ano festiva e alegre. Shows de fogos em vários lugares, festas pela madrugada adentro, famílias reunidas, "amigo secreto", viagens mil por este chão brasileiro. É a festa do ano novo, sempre repleta, cheia de alvos, desafios, promessas e desejos.
Finda a festa e recolhidos os restos, deparamo-nos com a pergunta: o que há de ser agora?
A conjuntura mundial demonstra que teremos inúmeras turbulências político-econômicas. A Argentina está falida e num caos tremendo. Os Estados Unidos vivem a ameaça do terrorismo e a sua guerra utópica contra o mal (como se fosse possível deter o mal no coração humano sem Cristo). A Índia e o Paquistão estão à beira de uma guerra nuclear. O nosso país está demolindo as leis trabalhistas e implantando um governo absolutamente sem humanidade alguma (somos apenas números nos cálculos e cômputos públicos). Teremos eleições e, como sói acontecer nessa época, mentiras e ilusões enganarão o nosso sugestionável povo brasileiro. Algumas modas virão, outras acabarão. Enchentes matarão os pobres, seqüestros ceifarão a vida de trabalhadores, pobres ou ricos. Religiosos estúpidos enganarão os fiéis e cristãos autênticos serão perseguidos. Nosso povo, na virada do ano, ofertará em massa suas oferendas primitivas ao demônio das águas, de vários nomes, na costa litorânea brasieira. Até o nosso presidente jogará pipocas para os ídolos, na fazenda em Pardinho, SP. Nossas igrejas, descumpridoras de serem agentes transformadores da sociedade, embaixada dos céus e exército de boas-novas, continuará meio morta em muitos pecados. Poucos fiéis a salvarão da ira do Cordeiro.
Nesse confronto com a realidade, seremos obrigados a tomar posição. Ou continuamos "sal-sem-gosto", cristãos nominais, demagogos de igrejas, ou assumiremos o nosso compromisso de discípulos de Cristo enfronhando-nos pátria adentro, com pelo menos duas atitudes de tremendo impacto.
Primeiramente, se decidirmos por assumir o compromisso com Cristo, precisaremos ter LEGÍTIMA COMUNHÃO COM DEUS. Não isto que apelidamos de comunhão (1 capítulo da Bíblia lido por dia, 1 oração por noite, 1 culto por semana, 1 folheto distribuído por mês, participar da Ceia, etc.). Por causa desta falsa comunhão é que nosso povo está fraco e sem influência. Comunhão com Deus é muito mais do que isto. É ter o mesmo contato com o Pai, tido por Jesus, em cada minuto! Vale aqui citarmos a esclarecedora palavra de J.Eichler: "Para João, a comunhão não é possível senão através do Filho de Deus que se tornou carne. Vem através do testemunho do Espírito Santo, a quem os cristãos têm (I João 2.20,27;5.10). Aqueles que não têm o testemunho do Pai e da Sua palavra habitando neles, não conhecem a Deus não têm vida alguma (João 5.38 e segu.). Aqueles que ficam em relacionamento pessoal com o Jesus histórico através do Espírito têm o Pai e vida (I João 1.1-3;; 4.13 e segu). A este tipo de vida pertencem a confissão (I João 4.2,15; 2 João 7) o permanecer na doutrina de Cristo (2 João 9) e a guarda da Sua palavra e dos seus mandamentos (I João 2.3 e seguintes)."(1).
Ter comunhão é viver com Deus, guardando e conhecendo a Sua palavra, confessando os pecados e abandonando-os, tendo uma vida de constante oração e relacionamento íntimo com Cristo. É ser íntegro, ser verdadeiro, coerente, assumidamente discípulo de Jesus.
Em segundo lugar precisaremos DIVULGAR AS BOAS-NOVAS. Aquele que tem comunhão com Deus está fazendo a vontade de Deus. Sua vontade para nós é que preguemos e ensinemos o Evangelho em todas as nações (Mateus 28.18-20). Não devemos esperar que as pessoas antes tenham fé, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17). O evangelho legítimo, o da Bíblia, o de Cristo. O verdadeiro evangelho transforma vidas, tornando-as novas. Há um outro evangelho sendo pregado por um segmento de evangélicos, que dispensa compromissos, comunhão, Bíblia e oração. Porém o evangelho que devemos pregar traz em seu bojo a cruz, a renúncia e o amor. O Brasil precisa ouvi-lo. Nosso bairro precisa ouvi-lo. Nossos vizinhos precisam ouvi-lo. Nossos familiares precisam ouvi-lo.
Na pratica destas duas medidas se definirá a cor do nosso novo ano. Se insípidos, o ano será negro como uma noite sem fim. Se cristãos leais e autênticos, as cores poderão brotar no coração de cada um de nós e, através de nós, no peito de cada brasileiro. Que posição tomaremos?
Pr. Wagner Antonio de Araújo
Formatação original de Meire Michelin, da lista "Em Nome do Amor".
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