UM PRESENTE DE DEUS E PARA DEUS
Gosto das histórias de Isaque, Samuel e João. Três meninos que vieram ao mundo em condições muito especiais e semelhantes. Suas mães desejavam muito ter filhos e não podiam. Hoje, em dia, a maioria das causas de infertilidade são conhecidas, e se sabe que as causas que originam o problema da infertilidade tanto podem ser do homem quanto da mulher. No entanto, naquele tempo, a culpa era atribuída só às mulheres.
Supunha-se que o ventre feminino era um jardim, de onde nasceriam as crianças, como plantas. A mulher sem filhos era terra seca, era deserto. Então, imaginamos que não era fácil levar sobre si esse estigma e o repúdio da sociedade.
Sara, Ana e Isabel eram mulheres que conheciam e temiam a Deus. Tinham seus medos (Gn 18.15), suas amarguras (1 Sm1) e suas fragilidades (Lc 1.25). Mas, acreditavam nos propósitos do Senhor, mesmo não tendo o desejo de ter filhos satisfeito.
Mas, Deus, é o que tira a vida e a dá, porque para Deus nada é impossível. E, aquelas mulheres conceberam no devido tempo. Tanto elas como seus maridos louvaram a Deus pela grande bênção que receberam. Chamaram os vizinhos para se congratularem e tiveram as dores e as alegrias que pais e mães têm ao criarem seus filhos.
O tempo passa... e as crianças crescem. E, o que vieram a ser essas crianças? Isaque, o patriarca do povo de Deus. Samuel, o profeta que transmitia a voz de Deus. João, homem de fé que preparou o caminho para o filho de Deus.
Eles poderiam ter sido pessoas completamente diferentes. Mimadas, rebeldes, sem amor... isso não aconteceu, porque seus pais tinham perfeita consciência de que elas tinham sido presentes de Deus, e portanto, deviam ser devolvidas a Deus como as melhores pessoas que pudessem ser. Seus pais zelaram por elas e as ensinaram o temor do Senhor.
Muitos pais nunca passaram pelo drama destas três famílias acima. Mesmo assim, seus filhos são um presente de Deus, porque é ele quem lhes deu vida. E todos os que têm filhos, têm a responsabilidade de devolvê-los a Deus. Mas, que filhos os pais pretendem entregar a Deus? Como têm planejado fazer isso? Deixando a responsabilidade de educá-los para outras instituições? Ou, tomando sobre a si o zelo pela educação religiosa de seus filhos?
Pensadores que estudaram como se desenvolve o processo de fé na vida da criança afirmam que é desde bebê que as sementes de fé, confiança e amor são plantadas na vida delas, por meio do cuidado com que os seus pais as tratam e da segurança que eles lhes proporcionam. Depois, até uma certa idade, a fé das crianças é a mesma dos seus pais: se os pais são cristãos, elas também são; se os pais são espíritas, elas também e assim por diante. Elas podem ser influenciadas de forma poderosa e permanente por exemplos, temperamentos, ações e histórias da fé visível dos adultos com os quais elas mantém relacionamentos. Nesta fase, é de fundamental importância o exemplo dos pais: a vida cristã que levam dentro e fora do templo; o seu auxílio na construção de conceitos fundamentados na Bíblia e a correção dos conceitos errados que recebem por meio de outras pessoas e da mídia. A correção deve ser feita sempre com muito amor e sabedoria.
Chegará uma época em que a criança discernirá por si mesma o caminho no qual deve seguir. Ela terá experiências e perspectivas que a levarão a refletir criticamente sobre os valores e crenças. É aí que lembramos da verdade bíblica, que é bem clara: "Ensina o menino no caminho em que deve andar..." (Provérbios 22.6). Se essa criança não tiver uma base sólida, Deus poderá ser um mito como o Papai Noel, que com o tempo se desfará. Ao passar dos anos, várias esferas passarão a exigir a atenção da não mais criança: família, escola, trabalho, companheiros, sociedade, mídia, religião. A fé precisa proporcionar uma orientação coerente em meio a essas complexas e diversificadas formas de envolvimento. A fé precisa formar uma base para a formação da identidade dessa pessoa, de modo que ela tenha firmeza de quem é e do que deseja para sua vida.
Que os pais se preocupam com a saúde e o bem-estar dos filhos é certo. Mas, devem se preocupar também com a saúde espiritual. Sempre que o meu pastor apresenta as crianças à igreja, ele repete a frase e pede que a citemos juntos: "Crianças aprendem com exemplo." Pais que não vivem bem com seus cônjuges, pais que não vivem com diligência a vida cristã, que não dão qualidade de tempo aos filhos, que não os disciplinam com amor e firmeza, que não os abraçam, também estão ministrando às crianças. Todo ato é uma lição, que está sendo observada e absorvida.
Pais que vivem sua fé de maneira coerente e equilibrada; pais que amam seus filhos e sabem dizer e demonstrar isso a eles; pais que dialogam; pais que são amigos e que sabem dizer 'sim' e também 'não', são pais que preparam seus filhos para Deus e para atuarem no mundo.
Não podemos, é claro, nos esquecer de que pais são seres humanos, têm seus medos, suas incertezas, suas fragilidades e uma gama de tarefas para dar conta. Por isso, não podem depender somente de si para dar conta desta grandiosa tarefa, que é educar os filhos. É para isso que existe o outro cônjuge, para conversarem e chegarem a consensos. É para isso que existem livros que ajudam; pastores e psicólogos que aconselham; professores que orientam; mas, sobretudo, a doce voz do Espírito de Deus, pois pais que são pais devem aprender a ouvir.
Outros setores da sociedade devem ajudar. Não podem ser omissos na tarefa de educar as crianças. A igreja deve estar pronta a apoiar e zelar pela família, que é uma instituição divina. Os professores devem saber desempenhar bem o seu papel em sala de aula. Os amigos da família devem influenciar positivamente e assim por diante. Parece uma utopia, mas bem que pode se tornar uma realidade, se essa prática for iniciada em sua família e ganhar outros. As pessoas gostarão de saber porque a sua família vai bem, e então será a sua oportunidade de testemunhar e contagiar seus círculos de amizade.
Os pais devem criar seus filhos para Deus, e a Deus deve ser dado o melhor! É necessário investir o tempo, a energia, os conhecimentos e os joelhos dobrados em oração para fazerem com que os filhos tenham em Deus o melhor amigo, e com certeza, os pais criarão filhos saudáveis como Isaque, Samuel e João.
Debhora Elisamar G. S. Silva
Ed. Religiosa
Indicações de leitura:
FOWLER, James W. Estágios da fé. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 1992
TRIPP, Tedd. Pastoreando o coração da criança. São José dos Campos: Ed. Fiel, 1998
No amor de Deus,
Ministério Mulher Virtuosa
Pra.Cristiene Silva
E-mail: kubinyet@terra. com.br
Blog:pastoracristie nesilva.blogspot .com
Fone: 11 2944-5626 / 11 9897-2546
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