- DROGA 3!!!
- DROGA 2!!!
- DROGA!!!
- 03/02/14 – CAMINHOS OBSCUROS!
- Evangélicos queimam livros considerados heréticos como forma de protesto
- Bíblia de Genebra, ainda sem versão em português
- O mais antigo hino cristão fora da Bíblia
- Como Aconteceu a Reforma Protestante
- Culto ateu em Londres tem música pop, sacolinha e comunhão com biscoito
Posted: 03 Feb 2014 06:18 AM PST Em casa, no ônibus, no restaurante, na academia, no shopping… em qualquer lugar. Se você não larga a mão do smartphone por onde anda e sente o coração acelerar quando se distancia dele, precisa conhecer o aplicativo que promete medir quão viciado está. Disponível só para Android, o "Menthal" monitora o tempo que o usuário passa no telefone, quais aplicativos são acessados e outros hábitos corriqueiros. Depois, bola estatísticas para informar se o nível de uso está exagerado, mede o progresso do "paciente" e até avisa sobre o eventual risco de doenças decorrentes da dependência, como a depressão. As análises baseiam-se nas atividades. Por exemplo, se o usuário passa muito tempo no Facebook, responde a mensagens e interage em posts de amigos, o sistema vai entender o comportamento como um indicador de que a rede social faz bem a ele e pode contribuir positivamente para seu o estado de espírito. "Suspeitamos que o uso pode mudar durante uma fase depressiva. Os pacientes farão menos ligações e tenderão a sair menos de casa", explica o professor Thomas Schläpfer, líder do estudo que deu origem ao app. "Se isso pudesse ser monitorado – com a devida permissão dos usuários e de acordo com as leis de privacidade", poderia ajudar os médicos a prever algumas intervenções", acredita. O embrião da plataforma nasceu na Universidade de Bonn, na Alemanha. Um time de psicólogos e cientistas da computação estudou como 50 estudantes utilizaram seus celulares por um mês e meio. Ao término, o grupo percebeu que quase 30% deles interagiram com os aparelhos por mais de duas horas diárias e o pegaram nas mãos cerca de 80 vezes para checar se havia novas mensagens. (Baixe o Menthal para conhecê-lo) Via: Cne |
Posted: 03 Feb 2014 05:55 AM PST Um quarto de todos os homens russos morre antes de chegar aos meados dos cinquenta anos. Segundo uma nova pesquisa com mais de 150.000 pessoas, a paixão russa pelo álcool – especialmente vodca – é a principal responsável por esses números. Atualmente, 25% de todos os homens russos morre antes da idade de 55 anos, em comparação com apenas 7% dos homens britânicos. O álcool e o tabaco são responsáveis pela maior parte desta grande diferença na mortalidade prematura. Essas estatísticas são baseadas em dois grandes estudos sobre álcool e mortalidade que seguiram os participantes por uma década, do Centro de Pesquisa do Câncer da Rússia, em Moscou, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer da Organização Mundial da Saúde, na França. Entre os homens russos que participaram da pesquisa, alguns relataram beber três ou mais garrafas de vodca por semana. Sem surpresa, as mortes entre os que bebiam mais foram principalmente devido a intoxicação por álcool, acidentes, violência e suicídio, bem como doenças como câncer de garganta e de fígado, tuberculose, pneumonia, pancreatite e doenças do fígado. Política, álcool e mortalidade Os pesquisadores, incluindo David Zaridze do Centro de Pesquisa do Câncer da Rússia, observaram que, enquanto as taxas de mortalidade britânicas têm diminuído de forma constante desde 1980, principalmente porque muitas pessoas lá pararam de fumar, as taxas de mortalidade da Rússia oscilaram bruscamente, muitas vezes em linha com o consumo de álcool. "Taxas de mortalidade russas têm flutuado descontroladamente nos últimos 30 anos, conforme as restrições de álcool e estabilidade social variavam sob os presidentes Gorbachev, Yeltsin e Putin, e a principal coisa conduzindo essas flutuações era vodca", disse Richard Peto, da Universidade de Oxford. Sob as restrições de álcool de Mikhail Gorbachev em 1985, o consumo de álcool caiu cerca de 25%, bem como os índices de morte. Quando o comunismo na Rússia entrou em colapso, o consumo de álcool subiu acentuadamente, assim como as taxas de mortalidade. Mais recentemente, com as reformas políticas do álcool introduzidas em 2006, o consumo de bebidas caiu cerca de um terço, bem como o risco de morte antes dos 55 anos, apesar deste ainda ser substancial. Mortes reversíveis Cerca de 8.000 dos participantes morreram durante o período do estudo, e os resultados mostraram que os maiores riscos de morte eram para homens que fumavam e bebiam três ou mais garrafas de meio litro de vodca por semana. Os pesquisadores estimam que os riscos de morte para homens fumantes entre as idades de 35 a 54 anos eram de 35% para os homens que relataram beber três ou mais garrafas de meio litro de vodca por semana, em comparação com 16% para os homens que relataram consumir menos de meio litro por semana. Os riscos correspondentes de morte em idades de 55 a 74 anos eram 64% e 50%, respectivamente. "Como alguns que disseram ser bebedores leves mais tarde tornaram-se bebedores pesados, e vice-versa, as diferenças nas taxas de mortalidade que observamos devem substancialmente subestimar os perigos reais de beber pesado persistentemente", alerta o Dr. Paul Brennan da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer. Zaridze descreveu a relação entre vodca e mortes como uma "crise de saúde" para a Rússia, mas ressaltou que essa crise poderia ser revertida se as pessoas passassem a beber mais moderadamente. "O declínio significativo nas taxas de mortalidade na Rússia após a introdução de controles para o álcool, em 2006, demonstra essa reversibilidade", disse. Especialistas ressaltam que, uma vez que a expectativa média de vida para os homens na Rússia ainda é de apenas 64 anos, número que deixa o país entre os 50 com menores expectativas no mundo, são urgentemente necessárias políticas mais eficazes contra o álcool e o tabaco. O Brasil também tem seus problemas Os números russos são chocantes, mas a realidade é que o Brasil também tem problemas no que diz respeito à álcool e mortalidade. De acordo com estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool é a causa de aproximadamente 80 mil mortes por ano no continente americano, e o Brasil é o quinto país com maior número de óbitos ligados ao consumo de bebidas. A pesquisa crê que o uso da substância provocou uma média anual de 79.456 mortes que poderiam ter sido evitadas se não houvesse consumo de álcool. As taxas de mortalidade por consumo de álcool mais altas foram as de El Salvador (uma média de 27,4 em 100 mil mortes por ano), Guatemala (22,3) e Nicarágua (21,3), México (17,8) e Brasil (12,2 para 100 mil mortes por ano). [Reuters, MedicalXpress, G1]e Hypescience |
Posted: 03 Feb 2014 05:15 AM PST Todo mundo sabe que droga é lixo. Que cocaína, heroína, crack, etc, levam a uma dependência que pode ser – e não raro é – mortal. No entanto, há pessoas que insistem em experimentar, depois continuar usando achando que podem largar quando quiserem. Não há uso social destes lixos. A realidade é que a droga gera uma escravidão dolorosa e pode, como no caso do grande Philip Seymour Hoffman, um dos maiores atores da atualidade, arruinar a vida. Ele, que já esteve até internado, foi encontrado morto em seu apartamento de NY, provavelmente por overdose. Lamento por aqueles que dão o primeiro passo para entrar nessa vida, pois a saída depois se transforma em um tormento. — em Manhattan, NY e https://www.facebook.com/diegojornalista |
Posted: 02 Feb 2014 06:16 PM PST "Não se tornem impuros procurando os que consultam os mortos e os adivinhadores, pois Eu sou o Senhor, o Deus de vocês" . Levítico 19.31 Que valor as palavras abaixo tem para você? "Imediatista, ansioso, precipitado, inconsequente". Tender ao que é de vantagem imediata, coração aflito, não desfrutar de paz, agir sem reflexão e ser imprudente, soa bem aos seus ouvidos? Acho que não! Certamente essas características não estão no seu currículo, mas sabia que talvez você as tenham? Já pensou nisto? Há uma extensa e talvez infindável discussão sobre esse texto e seus relacionados, porém o fato aqui é que o Senhor Deus não aprova a consulta aos necromantes (adivinhação por meio da evocação dos espíritos) e nem a consulta aos adivinhadores. Naquele contexto, as nações vizinhas, tinham tais práticas como comuns, porém aos hebreus foi proibido por Deus tais consultas. O profeta Isaías escreveu duas perguntas que nos dá melhor compreensão do motivo da proibição por Deus: "(…) Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?" (Isaías 8.19). E numa versão parafraseada lemos: "Por que vocês não acreditam no que o seu Deus disse? (…) Por acaso os mortos podem revelar o FUTURO aos vivos?" Ser "imediatista, ansioso, precipitado, inconsequente" e outras coisas do gênero revelam falta de fé no Único e Soberano Deus. Enfim, quem busca caminhos alternativos, não crê no Único Caminho. Percebe? No seu currículo "detalhado" tais características são listadas? Pense Nisto Ore Hagton "Do not turn to mediums or seek out spiritists, for you will be defiled by them. I am the Lord your God" (Leviticus 19.31) |
Evangélicos queimam livros considerados heréticos como forma de protesto Posted: 02 Feb 2014 05:52 PM PST Queimar livros considerados heréticos ou perigosos é uma prática antiga. O Novo Testamento narra em Atos 19 que na cidade de Éfeso "muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos". Durante a Idade Média a prática da queima pública voltou a ser popular. Durante a Inquisição era um espetáculo popular concorrido. No período da Reforma em vários países a Igreja Católica queimou até Bíblias. Outros regimes totalitários aderiram a prática ao longo da História. É um símbolo forte de "limpeza". Agora, a ideia está sendo revivida nas redes sociais, que não deixam de ser uma espécie de praça pública virtual. Há evangélicos que veem nisso uma forma de protesto. A página do Facebook "Reforma que Passa", incentivou seus seguidores a queimar livros e divulgar as imagens.Surgiram fotos de livros de autores nacionais e estrangeiros pegando fogo, geralmente acompanhado de algum comentário. Alguns preferem acrescentar hashtags como #FogoPuroNasHeresias, #QueimaJeová ou #CanseiDeSerHerege. Questionado sobre a motivação, explica: "alguns tens nos acusado de prática medievais… mas longe disso, o ato é voluntário. Apenas para chocar as pessoas que creem que esses livros são bíblicos, longe disso, em uma similaridade com Atos 19". Para ele, o material que está sendo queimado, embora seja rotulado como evangélico, não representa "o verdadeiro cristianismo". "Repudiamos esses livros, que podem sim ser comparados com "artes mágicas", enfatiza. Ao ser indagado se essa imagem do fogo não poderia ser mal interpretada, o Reforma que Passa é categórico "não estamos incentivando as pessoas a queimar os livros propriamente, mas sim deixar de ler tais práticas e voltar para o verdadeiro evangelho, é algo simbólico". Fonte: Gospel prime |
Bíblia de Genebra, ainda sem versão em português Posted: 02 Feb 2014 05:23 PM PST Hoje queria tratar de um assunto que tem me incomodado já há algum tempo. Refiro-me à comercialização em nosso País da bem conhecida Bíblia de Estudo de Genebra publicada pela Editora Cultura Cristã (ligada à Igreja Presbiteriana do Brasil) e pela Sociedade Bíblia do Brasil. Essa edição das Escrituras vem gozando de crescente aceitação entre o povo de Deus, e não apenas entre os reformados, que já abreviaram o nome dela para "Bíblia de Genebra"… E é aí que se faz necessário um esclarecimento. Pois sabia o irmão leitor que essa "Bíblia de Genebra" NÃO é a versão portuguesa da célebre Bíblia de Genebra original inglesa? Isso mesmo: ela não é a tradução daquela edição tão querida dos reformadores e puritanos (confira aqui sua história). Se alguém quiser comprovar isso por si próprio, é só clicar aqui. Por outro lado, uma versão francesa (ainda incompleta) está disponível aqui. Bem que a Editora Cultura Cristã e a Sociedade Bíblica do Brasil poderiam deixar isso mais bem explicitado para o consumidor. Não estou dizendo que elas deliberadamente estejam induzindo os crentes a erro. Porém, irmãos reformados com quem tenho conversado, e que têm ou desejam ter aquela obra, surpreendem-se quando lhes informo sobre tal fato. Fica óbvio que a denominação Bíblia de Estudo de Genebra os induz a acharem que se trata mesmo da edição vernácula da Bíblia de Genebra. Por outro lado, a Wikipédia em português tem ajudado a aumentar a confusão com este texto equívoco aqui. Ainda assim, a despeito desse meu senão, essa bíblia comentada da Cultura Cristã/SBB parece ser, de fato, uma interessante opção de compra, dada a sua aceitação por teólogos reformados como o batista Franklin Ferreira, que fez uma resenha elogiosa do livro, a qual pode ser acessada aqui. Mas, ainda assim, confesso que gostaria muito de um dia ver publicada em nosso idioma a Bíblia de Genebra sem aspas. |
O mais antigo hino cristão fora da Bíblia Posted: 02 Feb 2014 05:13 PM PST No vídeo acima, aquele que é o mais antigo hino cristão fora da Bíblia de que se tem registro. No Novo Testamento há algumas passagens que, suspeitam os estudiosos, teriam sido hinos ou trechos de hinos da Igreja Primitiva (Rm 11.33-36; Ef 1.3-14; Fp 2.6-11; Cl 1.15-20; 1Tm 3.16; 6.15-16; 2Tm 2.11-13); porém, se o foram, não são mais entoados pelo povo de Deus. O Phos Hilaron (Φῶς Ἱλαρόν) ("Luz Jubilosa") foi originalmente escrito em grego "koiné" (o mesmo grego do NT, falado na época dos apóstolos). Posteriormente traduzido para outros idiomas, é cantado até hoje nas igrejas ortodoxa grega, católica, anglicana/episcopal e luterana. Pelo que nos informa Basílio, o Grande, bispo de Cesaréia (329?-379), sua origem remontaria à época por volta de 150 d.C. — portanto, um hino já considerado tradicional no tempo daquele clérigo. Ainda, teria sido entoado nas catacumbas pelos primeiros cristãos, e aparentemente Justino (100 – 165 d.C.) cita sua letra no diálogo com Trifo. Segundo a tradição, o bispo e mártir Atenógenes, executado no reinado do imperador romano Diocleciano em 305 d.C., teria cantado o Phos Hilaron nas chamas da fogueira em que foi supliciado. Apesar da origem helênica, o texto do hino é claramente judaico, pois remete ao calendário dos hebreus, em que o dia começa com o nascer e termina com o por do sol. Uma análise competente do Phos Hilaron pode ser encontrada aqui. A letra original grega: Φῶς ἱλαρὸν ἁγίας δόξης ἀθανάτου Πατρός, οὐρανίου, ἁγίου, μάκαρος, Ἰησοῦ Χριστέ, ἐλθόντες ἐπὶ τὴν ἡλίου δύσιν, ἰδόντες φῶς ἐσπερινόν, ὑμνοῦμεν Πατέρα, Υἱόν, καὶ ἅγιον Πνεῦμα, Θεόν. Ἄξιόν σε ἐν πᾶσι καιροῖς ὑμνεῖσθαι φωναῖς αἰσίαις, Υἱὲ Θεοῦ, ζωὴν ὁ διδούς· διὸ ὁ κόσμος σὲ δοξάζει. A versão da Igreja Lusitana: Avé, alegre luz, puro esplendor No horizonte o sol já declinou, De santas vozes sobe a adoração Malgrado sua popularidade apenas em igrejas fortemente litúrgicas, achei interessante tratar dessa antiquíssima composição aqui no blog. Afinal, numa era em que até em denominações tradicionais predomina a contemporânea "gospel music", de inspiração carismática, liberal e gnóstica, creio firmemente que a redescoberta de nossa herança hinológica cristã é um caminho para o resgate do autêntico culto a Deus em nossas comunidades. Fontes consultadas: Smith Creek Music , Wikipedia, Episcopal Church , Polemista Reformado |
Como Aconteceu a Reforma Protestante Posted: 02 Feb 2014 04:00 PM PST Os fatos que abalaram a Igreja Católica no início da era Moderna foram chamados de Reforma Protestante, na realidade foi o aparecimento de uma nova religião que mais abalou os alicerces católicos. O surgimento do protestantismo não foi o primeiro movimento que aprofundou a crise católica, antes dele Wycliff, na Inglaterra e Huss, na Boêmia, já haviam iniciado esta crise, mas eles foram considerados heréticos e foram eliminados do seio católico. O monge Martinho Lutero, na Alemanha do século XVI questionou a validade das indulgências que eram vendidas pela Igreja Católica, desde primeiro protesto, ele começou a questionar os dogmas e doutrinas católicas. Foi excomungado pelo Papa Leão X, mas conseguiu o apoio de diversos príncipes alemães e o catolicismo nunca mais foi o mesmo. Uma das primeiras religiões que surgiram foi a Luterana, mas é um erro pensar que apenas Lutero promoveu a brecha na Igreja, a ausência dos bispos em suas dioceses, o despreparo do clero e a ideia de que cada um podia ser sacerdote de si mesmo são ideias que surgiam com força na população naquele período. A insatisfação dos reis com o poder temporal do papa que era um obstáculo a centralização do poder, as terras da Igreja que despertavam a cobiça de reis e nobres, os impostos cobrados pelo Papa e o choque do pensamento burguês e as concepções econômicas da Igreja incentivavam a ruptura com o catolicismo como estrutura de poder e mesmo religião. A questão das indulgências foi o estopim. A partir daí muitas religiões novas surgiram: o Calvinismo na Suíça, o Luteranismo na Alemanha, o Anglicanismo na Inglaterra são alguns exemplos. Logo, calvinistas e luteranos podiam ser encontrados em toda a Europa, apenas Espanha, Portugal, Itália e Polônia permaneceram católicos. Conclusão A unidade religiosa da Europa desapareceu após a Reforma, um clima de intolerância passou a se manifestar, gerando perseguições e guerras. O poder do Papa fragmentou-se e o dos reis se fortaleceu e pode-se afirmar que a Reforma ajudou a tirar obstáculos que impediam a expansão do Capitalismo. A educação popular foi expandida, mas a extrema valorização da Bíblia retrocedeu a ciência e as artes foram profundamente afetadas. Este artigo foi escrito por Diana Soares e é propriedade do Como Fazer |
Culto ateu em Londres tem música pop, sacolinha e comunhão com biscoito Posted: 02 Feb 2014 09:41 AM PST LEANDRO COLON É domingo, 11h. Cerca de 300 pessoas estão num anfiteatro no centro de Londres. Não sobra uma poltrona vazia. Todos cantam músicas, silenciam o ambiente em reflexão, e alguns relatam histórias de vida. A sacolinha do dinheiro aparece rapidinho. "Sugerimos doações de 3 a 5 libras (R$ 12 a R$ 20), algo assim, ou o que você puder. Obrigado pela generosidade", diz Sanderson Jones, 32. A maioria contribui. "Nossa missão é tentar ajudar as pessoas, celebrar o fato de estarmos vivos", lembra Jones. Todos aplaudem. Uma banda está no palco. Palmas introduzem "I'm So Excited", da banda pop Pointer Sisters, sucesso nos anos 70 e 80. Jovens, casais, idosos e crianças levantam da poltrona e cantam em coro. Depois, euforia com o hit do ano, "Get Lucky" (Daft Punk). Agora, silêncio geral. Um neurocientista então explica o poder da mente, o fenômeno da sinapse, como controlar sensações, sentimentos. Cabe a uma jovem contar seu drama de superação após um dano cerebral. Sanderson Jones retorna ao microfone: "Pessoal, é o momento de refletir a sorte que temos em ter uma mente em funcionamento". Todos quietos, olhos fechados, cabeça baixa, por dois minutos. Agora, a banda no palco levanta os fiéis com "Always on my Mind", clássico eternizado por Elvis Presley. Uma hora se passa, fim de culto, todos comungam biscoitos, leite, café e chá. É uma espécie de igreja ateísta criada há um ano em Londres e que já virou um pequeno fenômeno com ao menos 30 "filiais" nos Estados Unidos, Austrália e Canadá –o Brasil pode ganhar uma em breve. Segundo o site oficial, trata-se de "uma congregação sem Deus que celebra a vida". Em Londres, tem a fama de "igreja dos ateus". A Folha acompanhou um culto da "matriz", em um auditório do Conway Hall, espaço de debates em Londres. O tema era "cérebro". CABELUDO Além de pregador oficial, Sanderson Jones, um homem de cabelos e barbas compridos, é também o fundador da Sunday Assembly. Oficialmente, sua profissão é de comediante. Nascido em família religiosa, diz que perdeu a crença em Deus aos 10 anos, quando a mãe morreu de câncer. Questionado se ainda tem alguma crença, faz um trocadilho em inglês: "I don't believe in God, but in good" (não acredito em Deus, mas no bem). A ideia de um culto ateísta (expressão de que não gosta muito), conta, surgiu há seis anos, durante o Natal. "Tudo aquilo era fantástico, as músicas, a comunidade, o fato de melhorar a si mesmo. Nós devemos celebrar a vida, é o nosso foco, o sentimento de comunidade", diz. Em seu site, a Sunday Assembly dá suas diretrizes: é um lugar para quem quer viver melhor, ajudar, discutir o mundo e 100% de celebração só da vida. A meta de Jones é atingir mil igrejas em uma década. Alguns brasileiros já o procuraram para abrir filial no país, diz. "Devo ir ao Brasil em setembro, mas estamos em fase de montagem, não posso dar detalhes." Não há, em tese, requisito para que os frequentadores sejam ateus, desde que entendam que ali não haverá menção a Deus –mas também não há pregação contra, ao menos no culto presenciado pela Folha. "Ninguém aqui pergunta sua religião", diz o engenheiro Gerard Carlin, 31, que atua como voluntário. Foi católico e hoje se declara "fortemente ateu". Ele é um dos que ajudam a contar as doações, cujo valor não revela. "É pouca coisa que arrecadamos, só para pagar os custos, como locação, o piquenique depois, a banda", afirma. "E aí, gostou?", pergunta a jornalista alemã Gabi Thesing, 21, frequentadora há quatro meses dos cultos. "Já fui católica, mas hoje não acredito em Deus, religiões. Acredito no poder das pessoas, da energia", diz. O VELHO E O NOVO Estudiosos em teologia no Reino Unido, como Nick Spencer, do centro de estudos Theos, tem dito que a Sunday Assembly não chega a ser um fenômeno necessariamente novo e se parece com movimentos antigos de pessoas que não creem em Deus, mas usam ritos tradicionais religiosos em seus encontros privados. O empresário britânico Andrews Wett, 47, se diz um "adepto não praticante do budismo". Foi levado pela namorada ao culto. Opina sobre a grande quantidade de jovens: "Isso mostra um pouco como as igrejas tradicionais têm perdido fiéis". Antes de a reportagem deixar o local, alguns entrevistados se despediram com um "vejo você da próxima vez". Não deu para responder "se Deus quiser".
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