nov 1, 2012
Depois de anos no gospel, Baby do Brasil volta ao "profano". Oba!
Baby do Brasil fez um show para comemorar seus 60 anos de idade na noite desta quarta-feira (31) no Rio de Janeiro. Encorajada e amparada pelo filho, o guitarrista Pedro Baby, que assina os arranjos do show, a cantora, que há tempos se dedica à música gospel, voltou a cantar seus antigos sucessos, aqueles da fase pré-conversão (Baby se tornou evangélica no fim dos anos 90). E quando digo sucesso, são sucessos mesmo. Nada de hits de verão. São músicas que entraram para a história da música brasileira, como "Masculino e feminino", "Sem pecado, sem juízo", "Telúrica", "Todo dia era dia de índio", "Um auê com você", "A menina dança (da época dos Novos Baianos)", entre outras.
O show contou com a participação de Caetano Veloso, que, no fim dos anos 70, deu a Baby a canção "Menino do Rio". Juntos, além dessa, cantaram ainda "Farol da Barra"
Em vídeo de divulgação do show, Baby, que se autodenomina "popstora" (popstar + pastora), disse que o filho fez um pedido para que ela não colocasse nenhuma música gospel no show. "Ele me disse: quero que você olhe o seu trabalho, o tempo inteiro você é espiritual", diz. Baby também revela que relutou em aceitar a proposta, mas que teve o "ok" (de Deus) e resolveu encarar o desafio.
E, a julgar pela plateia vip, muita gente estava com saudades da Baby. Zélia Duncan, Ana Carolina, Teresa Cristina e Marisa Monte forma algumas colegas de profissão que estiveram por lá. "O show de ontem prova o valor de um percurso sem atalhos, em direção à música, ao chamado que ela promove na vida de alguém", escreveu Zélia no Twitter. A cantora também comentou o encontro de Baby e Caetano no palco. "Cantaram um Menino do Rio de chorar de lindo, durou DEZ min".
Nas redes sociais e na mídia, a comoção foi parecida. Saudações e elogios para a cantora.
Em declarações após o show, Baby e Pedro não descartaram uma turnê pelo país (a princípio só haveria esse show de comemoração) e até um registro ao vivo da apresentação. Tomara! Uma voz como a de Baby – carregada de história, personalidade e brilho, algo que falta muito ao cenário musical atual – não pode ficar restrita a um tipo de música. E que não vejam essa minha declaração como preconceito. Tudo é, literalmente, divino.
(Fotos: Leonardo Aversa / Agência O Globo)
Danilo Casaletti
http://colunas.revistaepoca.globo.com/menteaberta
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