Rei dos Reis : Jesus: [STBSEB:7853] memórias pastorais

QUATRO

BARREIRAS E

UMA OBRA

Não foi tarefa fácil, mas certamente foi gloriosa.

O nosso líder de jovens, irmão Paulo Sérgio Dias Carias, iria realizar um intercâmbio com a igreja de Jardim Ângela. Porém os jovens daquela amada igreja não puderam confirmar e ficamos com a data vaga. Sugerimos o uso da data para iniciar efetivamente a evangelização de nosso bairro. Os jovens gostaram e aprovaram a idéia.

Hoje, 07 de julho de 2012, seria o dia de nossa tarefa evangelizadora. Desde cedo cooperei imprimindo os materiais e preparando os envelopes. Mas o horário não ajudava e saímos em cima da hora para o treinamento que faríamos (15 horas).

Porém, estava difícil para chegar. Logo no início da viagem deparamo-nos com uma batida policial na ponte da Avenida Pompéia, em São Paulo. Isso nunca me aconteceu nos 40 anos em que moro aqui; ficamos por 15 minutos parados no trânsito. Enfim, conseguimos sair.

Paramos novamente: a Marginal do Rio Tietê estava com a pista expressa parada. Decidimos então pegar a Rodovia dos Bandeirantes e seguir pelo Rodoanel. Congestionamento em sábado de feriado? Mas é sempre assim: quando temos pressa daí é que nos atrasamos!

Ao chegar na rodovia vimos na subida uma fila quilométrica. Carros e mais carros, todos parados! Calculamos que ficaríamos por meia hora, no mínimo, tentando seguir. Deus foi tão bom que nos fez ver isso antes do desvio. Pegamos o retorno e voltamos à Marginal Tietê.

Em Osasco seguimos pela Visconde de Nova Granada, a "Marginalzinha". Trânsito pesado. Decidi cortar caminho pela Vila Iolanda, um pouco mais longo, mas geralmente livre. Livre??? Fui parar direto num CORTEJO FÚNEBRE! Sim, acharam de seguir o funeral pela rua paralela e o trânsito tornou-se caótico. Eu suava frio, não gosto de chegar atrasado. Mas a culpa era do defunto, diga-se de passagem..

Enfim, chegamos. Aleluia! Mas pensei: "Acredito que o povo tenha ido embora. Ficar esperando tanto tempo, eram poucos, acredito que teremos uns 3 ou 4, no máximo, contando conosco".

TÍNHAMOS 15 JOVENS NOS AGUARDANDO! ALELUIA!

É claro que me emocionei, uma vez que a reunião não era para comer bolo, jogar bola, passar filme, celebrar nada; era para EVANGELIZAR. E as pessoas atenderam ao convite e ao apelo!

Bem, demos então o treinamento. Os ensinos que colhi na década de 80 através do treino do PROMIFÉ, e também do MUTIRÃO MISSIONÁRIO muito ajudaram. Montamos um pequeno envelope contendo: uma carta de apresentação da igreja (ali dizemos que existimos, que somos uma igreja tradicional, que não cobramos por bênçãos, que queremos orar pelas famílias, que oferecemos um curso bíblico nos lares, etc), um livreto evangelístico (que ganhei do querido Irmão Roberto Pizarro), e um marcador bíblico que ganhei dos americanos. Dividimos o grupo em 5 times de 3 voluntários e seguiram pelas ruas para evangelizar.

Paloma, Ariosto e sua filha Larissa

Talita, Esmeralda e Dirani

Elaine, Dival e Eliane

Tadeu, Lorena e Sílvio

Serginho, sua esposa Edna e Bianca

Divididos os trios evangelistas, colocamos todos na rua para o trabalho. Fiquei no gabinete pastoral preparando os novos testamentos para presentear aos visitantes e orando pelas equipes. O meu trabalho, além da lojistica, seria a PARTE B, isto é, visitar as casas que se abrissem para isso, bem como fazer o trabalho posterior. Eles saíram às 16:30 horas para as ruas. E ficaram até às 17:30.

Ao chegarem percebia-se a glória e a felicidade por terem participado de um momento tão precioso como esse, o de serem semeadores do Evangelho! Voltaram jubilosos contando suas experiências de campo. Fez-me lembrar os idos anos de 1981 e 1982, quando participei e fundei a JUBOESC (Juventude Batista do Oeste da Capital SP, sucessora do antigo SETOR OESTE), quando fazíamos as chamadas INTEGRAÇÕES (Integração Caieiras, Integração Cajamar, Integração Francisco Morato, Integração Pirituba, etc). Lotávamos um vagão de trem com jovens, com bíblias, violões e folhetos, íamos para a igreja que nos aguardava, fazíamos um treinamento pela manhã com pastores da região, almoçávamos o que levávamos de casa, e à tarde íamos casa por casa da região. Quantas experiências! Portas que abriam, outras que fechavam; gente sorridente, gente carrancuda; gente que elogiava, gente que xingava, etc. E eu era um adolescente ainda, 15 anos! Agora eram os nossos jovens, chegando dos campos com experiências para contar!

Filmei o testemunho deles. Quem desejar assistir basta clicar em:

http://youtu.be/ao-ZIbBVDPE

Oramos e encerramos.

Destaco aqui a forte e pujante liderança de nosso Paulo Sérgio Dias Carias. Um homem de Deus. Louvo a Deus por ter esse jovem ao meu lado e servindo ao Senhor com tanto empenho em nossa igreja, ele e sua esposa.

QUEREMOS MAIS! É o que diziam. "Teremos mais" em breve, é o que respondi. Evangelismo numa igreja cristã deve ser crônico, rotineiro e normal, não apenas um evento de campanha. As campanhas são muito importantes, mas o evangelismo continuado é o que dá sustento ao trabalho. Nosso alvo: levar Cristo aos perdidos, semear por toda parte e confiar no Senhor, que faz germinar o evangelho no coração humano. Não sabemos quem ou quantos se converterão, mas cremos no poder da Palavra e no trabalho do Senhor.

Espero que este relato tenha ajudado outras igrejas, jovens e evangelistas. E que pastores se encoragem na semeadura da Palavra. Escrevo para motivar os irmãos no afã de evangelizar.

Um grande abraço a todos.