Imitadores de Cristo
Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. (1Coríntios 11.1)
O discípulo não está acima do seu mestre. Mas e aquela história do "faça o que eu falo, não faça o que eu faço"? Não pode acontecer de um discípulo, praticando o ensino de seu mestre, apesar do seu mau exemplo, acabar se tornando uma pessoa de estatura moral superior?
Com mestres humanos, isso até pode acontecer. O próprio Jesus admite essa possibilidade ao recomendar aos seus discípulos que guardassem e fizessem tudo o que os mestres da lei e os fariseus lhes diziam, mas sem imitar-lhes o exemplo, pois esses líderes não praticavam o que pregavam (Mt 23.1-4).
Pode ser que pela misericórdia e graça de Deus o discípulo perceba as limitações do seu mestre humano e decida procurar outros modelos melhores a seguir, sobretudo Jesus, o nosso padrão. Felizmente, hoje mais do que nunca as pessoas podem receber influências de diversas fontes e, desse modo, ir mais longe do que seus mentores em sua jornada espiritual.
Mas é bem provável que ele absorva a autocomplacência e o cinismo do seu mestre e reproduza sua frouxidão na busca da vontade de Deus.
Por isso, dizer "não olhem para mim, olhem para Jesus" parece atitude sábia, mas na verdade pode camuflar falta de dedicação e firmeza no compromisso com Cristo. Ao invés disso, Paulo, escrevendo para uma igreja extremamente crítica, disse sem falsa modéstia: "Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo" (1Co 11.1).
Nossa seriedade no discipulado deve nos capacitar a ter a mesma ousadia.
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