From: ELCIO CUNHA
A Mulher moderna está em busca de sua liberdade plena e com responsabilidade social. Na prática, isto não acontece, o próprio homem é o explorador direto e indireto. E como fazer uma conscientização de libertação dos algozes indiretos e instituídos pelos próprios familiares?
A mulher trabalha tanto quanto o homem. Numa família, todos trabalham, quando trabalha, ou quando tem o trabalho. Nesta equação matemática, a mulher tem se tornado escrava do próprio lar. Principalmente nas atividades domésticas que são intermináveis e necessárias. Pensa você que fazer e preparar diariamente o almoço e a janta, quantos movimentos repetitivos se faz. Pensa nas louças, pratos, talheres, panelas, fogão devem ser limpos e movimentos rotativos de esfregar a panela.
Sua excelência, o Governador, tem preocupado com tantos atestados médicos que as professoras têm apresentado, por conta do excesso de trabalho, que se propõe analisar com a equipe caso a caso. Todavia, a exploração é do homem sobre a mulher, a vida requer a continuidade para que a prole, familiar seja alimentada.
No entanto, a tarefa de um dia de descanso não se aplica as multidões de mães, que trabalha, além do trabalho obrigatório, o dever doméstico lhe espera. O homem que é um devasso explorador dos seus próprios membros familiares. Neste embate, fica à mercê que o homem precisa melhorar os seus conceitos em seus círculos familiares.
O filho poderá ajudar principalmente no lavar dos pratos e talheres após as refeições. O marido da mesma forma. Sei que a minoria contrata "secretárias" para realizar o serviço e doutra forma são exploradas pelos seus patrões.
O conselho bíblico é que tanto o homem como a mulher merece o descanso. Não estamos sob a égide das leis judaicas, mas sob uma dispensação da Graça de Deus. Por isso o descanso de um dia para que a mulher não realize qualquer atividade doméstica. O Criador fez e deixou esta lei para o homem e para a mulher.
A sociedade está cercada de esteriótipos que o homem não pode "lavar pratos, colheres, panelas". No entanto, esquece que sua "ajudadora" já além do trabalho obrigatório se serve de "escrava" indireta em seu próprio lar que mais tarde sofrerá com dores nos braços por realizar movimentos repetitivos de esfregar panelas.
O que poderá ser mais desumano? Os outros, ou nós mesmos estamos explorando os nossos semelhantes. Sei que o outro estará bem quando dividimos as cargas uns dos outros. Essa carga, justamente, que Paulo, apóstolo, fez questão de comentar. Não se pode fazer-se de pesado para o outro. O outro ficará cansado, desgostoso, estressado, enquanto uns ficam apenas na "Aba". Como canta o cantor; "Sai da minha Aba, sai pra lá".
O Cristianismo prega uma liberdade com responsabilidade. Esta responsabilidade começa em casa com cumprimento de deveres que cada membro familiar carrega sobre si. Nós não viemos para ficar num "Paraíso", nós precisamos transformá-lo no "Paraíso" principalmente para o próximo. O próximo sofrerá porque estamos sendo alimentados, confortados, parasitados, inócuos, enquanto num belo domingo assistimos os agentes da comunicação visual, de maneira "Sossegada". Levante-se meu amigo, faça o melhor para que o seu lar se torne um "Paraíso", cooperando, ajudando, e realizando o máximo possível. Pense nisso.
Um grande abraço.
Élcio Cunha.
Fonte: Cunha, Élcio. Campo Grande-MS, Brasil.
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