segunda-feira, 28 de junho de 2010

[STBSEB:4347] FLOR-DE-MAIO - (03) a minha estrela

 
 
 
03/05/2007

A MINHA ESTRELA


Hoje, enquanto ia para a igreja, contemplava a beleza de um luar cor de prata! Ah, que prato cheio para os românticos! Que beleza para os astrônomos nos observatórios! Que maravilha para os caminheiros na roça dos rincões do Brasil! "Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes." (Sl 148:3)

 

É interessante que em noite de luar forte as estrelas quase que desaparecem, salvo uma ou outra mais afoita, mais cintilante. As demais ficam tímidas ao brilho de um luar tão belo! Somente quando a lua se vai, as estrelas voltam a brilhar. E, tanto a lua quanto as estrelas, exercem funções distintas e maravilhosas no Céu que nosso Deus criou. "Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra" (Sl 8:9)

 

Pus-me a pensar em algumas coisas. Afinal, tudo que acontece, para o nosso bem é que ocorre. Pensei no brilho de minha estrela. Cada um de nós é uma estrela, e, em certo sentido, tem uma estrela, um brilho. Uns têm brilho cintilante, outros nem tanto; uns participam na formação do Cruzeiro, da Ursa Maior, Menor, mas outros têm seus papéis-solo, como a Estrela D'alva. "Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela." (1Co 15:41)

 

Imaginei que cada um de nós é uma estrela, e cada um de nós tem o seu espaço. Deus nos criou com uma missão, e cabe a cada um de nós realizar bem a obra a nós confiada.

 

Para que a minha estrela brilhe, eu não preciso apagar a sua.

 

Há pessoas que não suportam o brilho das outras. Tais pessoas não são capazes de, por si só, executarem sua missão. Elas querem apagar as outras ao seu redor. Querem ser o foco das atenções. Não suportam concorrência. Elas têm vocação para "buracos negros" e não estrelas...

 

No céu não há espaço para estrelas apagadoras de estrelas. Cada uma pode brilhar, cintilar, emoldurar, embelezar. Não é porque a sua estrela é bela que ninguém mais pode ter beleza. Não é porque você deseja sucesso, que ninguém mais pode prosperar. Não é por ser famoso que terá que denegrir a vida alheia, estragando a carreira do seu companheiro de abóbada.

 

Também Deus deu talentos e limites para cada um de nós, e nos abençoou. "E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade..." (Mt 25:15) É hora de pararmos com a cobiça, e fazermos o que tivermos que fazer, de forma boa, bela, agradável, construtiva, e com a mente cooperadora, não competitiva.

 

Brilhe o tanto que tiver que brilhar, brilhe o seu máximo, mas não para se comparar com a estrela do outro. Brilhar para sobrepujar o outro é vaidade, e é pecado. Devemos brilhar de alegria, de contentamento, de felicidade, de fidelidade, de submissão. Pouco nos importa que tamanho teremos, desde que seja o tamanho que Deus determinou, e que a glória seja toda dEle, nada nossa. No momento em que a jactância e a presunção tomarem conta de nossos ministérios, nossos negócios, nossa beleza física, nossos casamentos, nosso patrimônio, talentos naturais, graduações acadêmicas, relacionamentos, ferimos e entristecemos o Espírito de Deus e começamos nossa queda no abismo da derrota.

 

 "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" (Ap 3:17)

 

Para terminar: só há um luminar na noite que tem o direito de brilhar mais que a nossa estrela: a Lua Cheia. Sim, ela tem direito. É a rainha das noites, debaixo da qual nos subordinamos com reverência. Claro que isso é simbólico: Jesus Cristo é a Luz Única e Verdadeira, e as nossas devem se submeter à dele, isto é, importa que Cristo cresça e que nós diminuamos. "É necessário que ele cresça e que eu diminua." (Jo 3:30)

 

Assim, quando virem nosso brilho e quiserem saber do que é feito, constatarão que o nosso brilho mostra Cristo, nosso brilho é manso, humilde, meigo, caridoso, benfazejo, cheio de altruísmo, não cobiçoso de torpe ganância, não desejoso de fama, dinheiro, poder e prazer. Poderemos dizer: a luz que em nós brilha reflete Aquele que nos iluminou para sempre!

 

Daí o antigo cântico do Rev. Emílio Kerr se cumprirá em nós:

 

"Que a beleza de Cristo se veja em mim; toda a sua admirável pureza e amor. Ó, tu, chama divina, todo o meu ser refina, 'té que a beleza de Cristo se veja em mim".

 

Que assim seja.

 

Amém.

 

Wagner Antonio de Araújo

Igreja Batista Boas Novas de Osasco SP

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