O sermão da montanha é provavelmente uma das partes mais conhecidas
dos ensinos de Jesus Cristo. Nele está registrada a vontade do Senhor
para todos os seus seguidores.
Em meio a uma sociedade cada vez mais obscura, doente e em estado de
putrefação, o Deus Encarnado, outorgou-nos a profunda e importante
responsabilidade de influenciarmos o mundo. Ao definir a natureza
dessa influência, utiliza-se de duas metáforas domésticas e populares,
a saber, do "sal" e da "luz".
Como bem comentou John Stott: "Sal e luz são utilidades domésticas
indispensáveis". Assim, fica mais do que evidente que Jesus ao
pronunciar seu ensinamento tem o interesse de deixar muito claro que
dois grupos distintos fazem parte dessa trama. Onde o primeiro é a
Igreja, e o segundo o mundo. Comunidades separadas por um grande
abismo. De um lado está "a terra"; do outro, "vós" que sois o sal da
terra. De um lado está "o mundo"; do outro "vós" que sois a luz do
mundo.
Jesus tras a consciência de seus seguidores duas verdades essenciais e
fundamentais a respeito dessas duas comunidades:
1ª) O mundo está em trevas;
2ª) A terra encontra-se em estado de deteriorização (apodrecimento);
3ª) A Igreja é a luz que desfaz as trevas;
4ª) A Igreja é o sal que interrompe ou pelo menos retarda o processo
de corrupção social.
Como vemos, temos um papel a desempenharmos. Jesus, estabelece as
condicionais: o sal tem que conservar a sua salinidade, e a luz tem
permanecer luz.
A salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-
aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e
palavras. Para ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua
semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua
salinidade. Se os cristãos forem assimilados pelos não-cristãos,
deixando-se contaminar pelas impurezas do mundo, perderão a sua
capacidade de influen-ciar.
A influência dos cristãos na sociedade e sobre a sociedade depende da
sua diferença e não da identidade. O Dr. Lloyd-Jones enfatizou: "A
glória do Evangelho é que, quando a Igreja é absolutamente diferente
do mundo, ela invariavelmente o atrai. É então que o mundo se sente
inclinado a ouvir a sua mensagem, embora talvez no princípio a odeie.
" Caso contrário, se nós, os cristãos, formos indistinguíveis dos não-
cristãos, seremos inúteis. Teremos de ser igualmente jogados fora,
como o sal sem salinidade, "lançado fora" e "pisado pelos homens".
"Mas que decadência!", comenta A. B. Bruce, "De salvadores da
sociedade a material de pavimentação de estradas!"
Jesus esclarece que essa luz são as nossas "boas obras". Que os homens
vejam as vossas boas obras, disse, e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus, pois é através dessas boas obras que a nossa luz tem de
brilhar. Parece que "boas obras" é uma ex-pressão generalizada, que
abrange tudo o que o cristão diz e faz porque é cristão, toda e
qualquer manifestação externa e visível de sua fé cristã. Considerando
que a luz é um símbolo bíblico comum da verdade, a luz do cristão deve
certamente incluir o seu testemunho verbal. Assim, a profecia do Velho
Testamento de que o Servo de Deus seria uma "luz para os gentios",
cumpriu-se não só no próprio Cristo, a luz do mundo, mas também nos
cristãos que dão testemunho de Cristo. A evangelização deve ser
considerada como uma das "boas obras" pelas quais a nossa luz brilha e
o nosso Pai é glorificado.
Não devemos nos envergonhar de nossa vocação de sermos sal e também
luz, ou seremos culpados de separar o que Jesus uniu.
O caráter do cristão, conforme descrito nas bem-aventuranças, e a
influência do cristão, conforme definida nas metáforas do sal e da
luz, estão organicamente relacionados um com o outro. Nossa influência
depende de nosso caráter. Mas as bem-aventu-ranças apresentam um
padrão extremamente elevado e exigente. Seria útil, portanto, como
conclusão deste capítulo, examinar novamente os dois parágrafos e
observar os incentivos que Jesus deu à justiça.
Que Deus nos abençoe e nos guarde.
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