Ernâni de Souza Freitas
«Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida» (João 5:24)
João já gozara dois terços do tempo de suas férias, mas sentia-se cansado. Por que o cansaço? Talvez porque permanecera aqueles quatorze dias na cidade. Quando atendeu ao convite de um primo para passar as férias em sua casa, na Gávea, pensou que iria descansar mesmo. Aconteceu, porém, que o hospedeiro trazia-o todos os dias para a cidade, onde ficavam procurando alguma coisa para «matar o tempo». Felizmente, João percebeu em boa hora que não estava recuperando as energias perdidas no trabalho. E tomou uma decisão inteligente: passaria aquela última semana de férias no interior, longe do bulício da Guanabara.
Na segunda-feira à tarde, João chegava a Ribeirão Preto, no Norte de São Paulo. Seus parentes, que moravam na fazenda da Faculdade de Medicina, ficaram muito felizes com a visita inesperada. E mais alegres se mostraram, quando souberam que João passaria toda a semana na Capital do Café.
Precisamente naquela semana a Igreja Batista da cidade estava realizando uma série de pregações nos lares. Convidado para assistir ao primeiro culto João aceitou o convite prazerosamente. Na terça--feira João foi assistir ao trabalho, mesmo sem ser convidado. E, para grande alegria de seu tio Reinaldo, o jovem João fez sua decisão ao lado de Cristo. Em sua familia de quatro pessoas (tinha pai, mãe e uma irmã), ele era o primeiro a experimentar o milagre maior do novo nascimento, pelo arrependimento de seus pecados e pela fé-confiança
Mas a familia do irmão Reinaldo mal sabia que àquele regozijo espiritual, logo se juntaria uma grande tristeza. Sábado à tarde, em companhia de uma prima, João foi tomar banho na lagoa da Faculdade. Quando o sol se escondia no horizonte, a jovem hospedeira disse ao primo visitante:
— Vamos, João. Está na hora de nos prepararmos para o último culto da semana...
Falou, e foi saindo da água. Na praia da lagoa, olhou para trás e... não viu João! Gritou por socorro. Dois estudantes que passavam por ali num barco, atenderam ao seu clamor. Mergulhando, logo conseguiram localizar o corpo de João. Rapidamente, levaram-no ao Hospital das Clinicas. Mas... era tarde demais: João já partira para a eternidade!
Quando se preparava para dirigir a cerimónia fúnebre, o pastor da Igreja ouviu alguém comentar: «Pobre moço, tirou férias para morrer!» Na mensagem, o Ministro procurou, entre outras coisas, dizer que aquele jovem gozara férias para viver porque fora graças à sua vinda, naquela semana, para o interior de São Paulo, que ele tivera o feliz encontro com o Salvador, recebendo vida eterna para sua alma imortal.
Ernâni de Souza Freitas
texto extraído de um folheto evangelístico da
CASA PUBLICADORA BATISTA - década de 70.
mensagem - série evangelismo 01/2010
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