A Robertour Viagens e Turismo, empresa que me transporta em toda essa conferência 2010 (e a quem eu recomendo sem temor e sem dúvidas como uma das melhores companhias de viagem do Brasil, formada por gente séria, crente e digna), conseguiu chorar para a TAP e TAPOU o buraco da minha agenda: o meu vôo ficou para o dia 23, igualzinho, 0813.
E agora, vou chegar aos irmãos da igreja e dizer: QUERIDOS, CHEGUEI! Ou: NÃO CONTAVAM COM O MEU REGRESSO TÃO CEDO, NÉ? Ou EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR...
Sim. Isso mesmo. Era o que eu iria fazer à noite. Mas fazer o que durante o dia?
Milão é muito grande. Nos arredores dela há coisas belíssimas. Ela é a capital da moda e do designer no mundo. São belezas raras. E eles possuem uma PARATY (RJ) bem junto de si. Trata-se do Lago de Como, um lago formado por águas do desgelo dos Alpes Suiços, que tem ao seu redor inúmeras cidadezinhas (ou estações de barco), e que criou um LEITEIRO pra levar turistas e trabalhadores (quem é do interior de SP sabe o que é o ÔNIBUS LEITEIRO: É o que não é expresso, que não vai direto ao destino, mas para cidade após cidade).
Pedi ao pastor que me deixasse ver esse trem, ops, esse barco.
E ele deixou. Esse não custava CEM EUROS (como as gôndolas de Veneza), ou 18 euros (como o barco que circulava Veneza por fora), nem os famosos 12 EUROS (a sentada mais cara que já dei na vida, quando me cobraram por ter sentado na cadeira de uma padaria em Veneza). Esse custava 5 euros. Ainda tinha 5 euros. Milagre...
E foi tão lindo! Foram uns bons 50 minutos de vai e volta, entra-e-sai de portozinhos, e umas boas aceleradas no meio da água. Ao redor as múltiplas construções. Casas riquíssimas, de gente muito endinheirada. Mas, cá com os meus botões, eu pensava: algumas casas e mansões estavam construídas em morros tão íngremes e inacessíveis, que até para entrar em casa deveria ser uma aventura, talvez subindo por uma corda, ou sendo lançado de um canhão, ou descendo de helicóptero (é exagero, reconheço.). Mas a pergunta é: como essas famílias podem ficar sossegadas com crianças a brincar em seus quintais? E pra ir à farmácia, ao hospital, ao supermercado, à padaria (de menos euros)?
Bom, eles devem ter seus meios. Eu é que não tenho idéia de como fazem.
Mas valeu construírem essas casas. Elas tornaram o ambiente uma obra de arte!
Quando foi à noite, na casa do Riccardo, fomos ali recebidos gostosamente para o encontro da célula que ali se reúne semanalmente. E não fiquei sem ser alvo das gracinhas: "Já, pastor? Voltou tão rápido?", "Não coube no avião, pastor?", "Temos que chorar de novo, pastor, ou o choro do domingo ainda vale?" (vontade de puxar a orelha dessa juventude...)
Bom, falei sobre TENDÊNCIAS ESCATOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS, abordando rapidamente A GRANDE APOSTASIA (com o neopentecostalismo no cerne do mal dentro da Igreja), AMILENISMO, PÓS-MILENISMO e PRÉ-MILENISMO (PRÉ, MID e PÓS-TRIBULACIONISTA). O DISPENSACIONALISMO não foi abordado (nem o considero escola escatológica, senão uma ressurreição dos intérpretes alegóricos entre os literalistas protestantes do século XIX e XX.
Tirei fotos (aliás, enquanto escrevo a minha câmera - que se sente a mais infeliz de toda a série da Sony, pois jamais pensou que seria vendida para alguém tão "enfotante", vai completar 7000 fotos batidas nessa viagem).
Depois fomos à cozinha comer alguns quitutes que a querida Glauce, esposa do Riccardo, preparou para todos nós.
E mais uma vez nos despedimos. Pensei: "não vou chorar de novo, porque vai que o vôo é cancelado de novo e eu fico sem reservatório de lágrimas pra chorar o vôo perdido".
Wagner Antonio de Araújo
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